O Telescópio Espacial James Webb e a Investigação da Química do Universo

O observatório espacial mais poderoso do mundo divulgou seus primeiros estudos sobre a presença de água em um exoplaneta, a composição química de uma galáxia e o gás em torno de um buraco negro

O Telescópio Espacial James Webb (JWST), um programa internacional liderado pela NASA em parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Canadense (CSA), promete revolucionar o estudo da astroquímica pelos cientistas. Após seus testes finais, o telescópio de 10 bilhões de dólares, enviou as primeiras imagens e resultados das análises de alguns corpos celestes.

Os dados coletados sobre a atmosfera do WASP-96 b, um dos mais de 5000 exoplanetas identificados na Via Láctea, a 1150 anos-luz da Terra, já lançaram luz sobre a constituição da sua atmosfera. Por meio de análises de infravermelho, o telescópio identificou sinais evidentes da presença de água (H₂O) e algumas evidências sobre a existência de nuvens na atmosfera do gigante planeta gasoso que orbita uma estrela distante como o Sol.

Para determinar a presença de água, o James Webb se baseou em pequenas reduções no brilho de certos comprimentos de onda de luz infravermelha, os quais, segundo os cientistas, são indícios inequívocos da presença de moléculas de H₂O na superfície do WASP-96 b.

Crédito: NASA, ESA, CSA, STScI e Webb ERO Production Team

Segundo os cientistas, um dos grandes diferenciais em relação ao Hubble é que, enquanto os instrumentos do telescópio lançado em 1990 ao espaço estavam focados na procura por água, como ocorreu pela primeira vez em 2013, o James Webb possui equipamentos muito sensíveis não somente à água, mas também a outras moléculas-chave como oxigênio (O₂), metano (CH₄) e dióxido de carbono (CO₂).

Agora, o objetivo passa a ser, além de detectar a existência dessas moléculas em exoplanetas, estimar sua quantidade, no que isso implica para a dinâmica de suas atmosferas e, se possível, identificar evidências de possíveis atividades biológicas extraterrestres.

Ainda com suas primeiras análises, o James Webb foi capaz de determinar a composição do gás perto de um buraco negro supermassivo, 24 milhões de vezes mais massivo que o Sol, e vencer a barreira de poeira existente ao redor do buraco negro para medir a emissão do gás ionizado presente naquela região do espaço. Dentro dessa camada de poeira composta de silicatos não muito diferentes da areia aqui da Terra, mas com grãos muito menores, estavam presentes gases ionizados dos elementos ferro (Fe), argônio (Ar), neônio (Ne), enxofre (S) e oxigênio (O).

Crédito: NASA, ESA, CSA, STScI e Webb ERO Production Team

Baseados nessas primeiras análises realizadas pelo telescópio, cientistas de todo o mundo, o que inclui muitos astroquímicos, não conseguiram conter seu entusiasmo e empolgação com a capacidade de resolução do James Webb. Os pesquisadores acreditam que com ele será possível, além de localizar milhares de novos exoplanetas, descobrir se a química segue o mesmo padrão daquele encontrado aqui no Sistema Solar.


Fonte: Nasa

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